Conclave real vai começar em alguns dias – O que é verdade no filme de 2024?

Com o sucesso do filme “Conclave” e a recente morte do Papa Francisco, o que não faltam são dúvidas sobre o que é real no longa. Descubra!


A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, nessa segunda-feira de Páscoa (21), marcou o fim de uma era para a Igreja Católica — e também prevê o início do chamado conclave. Curiosamente, a eleição do novo pontífice coincide com o sucesso do filme Conclave, o vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado esse ano, mas o que é verdade no ritual da vida real?

A produção, baseada no livro de Robert Harris, acompanha um grupo de cardeais reunidos no Vaticano para escolher o próximo líder da Igreja. O longa acerta muito, mas também dramatiza bastante.

O que é verdade e o que é ficção no filme Conclave

Conclave o que é real

Cardeais realmente são isolados durante a eleição

Sim, isso é verdade. Assim que um oficial do Vaticano diz “extra omnes” (expressão em latim que significa “todos para fora”), os cardeais ficam completamente isolados do mundo externo. Sem celular, sem internet, sem contato com ninguém de fora.

E isso vale até que se chegue a um consenso. No filme, esse momento é retratado com tensão e bastante fidelidade.

Onde eles ficam hospedados? Também é real

Nada de palácios. Os cardeais dormem em quartos simples da Casa Santa Marta, dentro do Vaticano, onde também fazem as refeições — tudo sob supervisão de freiras.



A personagem Irmã Agnes, interpretada por Isabella Rossellini, tem base real: as religiosas que trabalham por trás dos bastidores são discretas, mas estão presentes em toda a logística do conclave.

O que o filme faz é dar voz a essas mulheres, incluindo uma subtrama sobre abuso e relações proibidas envolvendo uma freira e um dos cardeais, algo fictício para o longa, mas que abre espaço para discussões reais sobre o papel das mulheres na Igreja.

A votação funciona quase como no filme

Conclave verdade e ficção

Durante o conclave, os cardeais votam até quatro vezes por dia. Eles caminham um a um até uma urna, recitam um juramento em latim e depositam seus votos dobrados.

As cédulas são costuradas com linha e agulha e, depois, queimadas. Fumaça preta significa que não houve acordo. Fumaça branca? Temos um novo papa.

Segundo o padre e estudioso Thomas Reese, o Conclave retratou esse ritual com bastante precisão ao evento real.

Cardeal Benitez jamais poderia participar de uma votação na vida real

E não exatamente por aquela revelação chocante do final do filme.

No roteiro do filme, o Cardeal Vincent Benitez, interpretado por Carlos Diehz, teria sido nomeado secretamente como cardeal “in pectore” pelo fictício Papa.

Isso realmente existe na Igreja, mas as regras reais impediriam Benitez de votar se seu nome não tivesse sido revelado publicamente antes da morte do Papa — o que no filme não acontece.

Política também faz parte do processo

Embora o Conclave seja apresentado como um momento espiritual, o filme mostra com clareza os bastidores políticos que também existem na vida real.

Como disse a freira e ativista Susan Francois, “nós esperamos que [o novo Papa] seja guiado pelo Espírito Santo, mas todos ali são humanos, com suas vaidades, dúvidas e alianças”.

Isso também é confirmado por Reese: “A Igreja é uma instituição divina operada por homens — e nem todos são santos”.

Em Conclave, Ralph Fiennes (como Cardeal Lawrence) e Stanley Tucci (como Cardeal Bellini) representam justamente essa ala mais progressista da Igreja, em contraponto a cardeais mais conservadores.

No final, nenhum deles é eleito — um desfecho que reforça a ideia de que, muitas vezes, o escolhido é o que menos se espera.

Conclave real começará em alguns dias

A expectativa é que o Conclave real comece em até 20 dias após a morte de Francisco. Ou seja, o ritual tem até o dia 11 de maio para ser iniciado.

O Cardeal Kevin Farrell, atual Camerlengo, irá coordenar os preparativos, que envolvem o velório, os ritos fúnebres e a transição de poder. Durante esse período, ele assume temporariamente algumas funções administrativas da Igreja.

Somente cardeais com menos de 80 anos podem votar — um grupo hoje limitado a 120 pessoas no mundo inteiro. Esses cardeais, chamados de “eleitores”, prestam juramento de sigilo absoluto e permanecem na Capela Sistina até que um nome receba dois terços dos votos.

O último Conclave, que elegeu Francisco, durou apenas dois dias. O mais longo da história levou… 34 meses (sim, quase três anos).

Agora, com a morte de um dos papas mais progressistas dos últimos tempos, a Igreja entra num momento decisivo. Quem será o próximo líder de 1,4 bilhão de fiéis?

E como sempre, o mundo vai parar para olhar a chaminé do Vaticano — e tentar entender o que se passa por trás das portas fechadas da Capela Sistina.


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Aline Resende

Formada em Marketing e pós-graduada em Literatura, é uma apaixonada por romances "baratos", amante de filmes e séries de ficção científica e que decidiu que a terceira trilogia de Star Wars nunca existiu.

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