"A Reserva" final explicado: O que aconteceu com Ruby? Quem era o culpado?

A Reserva chegou à Netflix como um thriller dinamarquês que rapidamente conquistou o público por seu roteiro tenso e cheio de reviravoltas, e um final que pode ter deixado muita gente coçado a cabeça.

Afinal, o que aconteceu com Ruby? E quem realmente está por trás de seu desaparecimento? Aqui, a gente explica tudo, com calma pra você entender tudo certinho.

O enredo de A Reserva

A história se passa em um bairro residencial dividido entre duas famílias: de um lado, Cecilie e sua família, que conta com a au pair Angel, e do outro, Katarina, seu marido Rasmus, o filho Oscar e a au pair Ruby.

Tudo começa a desmoronar quando Ruby desaparece misteriosamente, e a série mostra em paralelo o crescimento de um grupo de mensagens perturbadoras entre Oscar, Viggo (filho de Cecilie) e outros adolescentes, onde eles compartilham conteúdos explícitos e criminosos.

Oscar se revela o líder desse grupo, dono de uma postura arrogante e manipuladora.

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Ele usa o poder e o privilégio da família para controlar a situação, filmando Ruby sem consentimento, intimidando Viggo e destruindo provas que poderiam incriminá-lo. Por outro lado, Viggo vive um conflito interno: ele participa do grupo, mas se sente culpado e assustado com o que viu e fez.

Além disso, o enredo não poupa críticas às dinâmicas sociais e familiares. Katarina, mãe de Oscar, é uma personagem complexa que, ao invés de proteger a vítima, se dedica a blindar seu filho, destruindo provas e mentindo para a polícia, evidenciando a forma como privilégios influenciam o destino da justiça.

“A Reserva” final explicado: Quem era o culpado da morte de Ruby

No último episódio, todas as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar — mas, claro, sem entregar tudo de forma definitiva.

Descobrimos que Oscar foi quem abusou de Ruby, um fato confirmado pelo teste de DNA que mostra uma correspondência parcial entre Oscar e o feto que Ruby carregava. Porém, devido à interferência de Katarina, que destruiu vídeos e outras provas cruciais, a polícia não consegue avançar no processo judicial contra ele.

Oscar se mostra incrivelmente arrogante, assumindo que Ruby era “sua” e que ela não poderia dizer não, revelando uma mentalidade tóxica de posse e controle, alimentada pelo ambiente familiar.

O advogado da família, que por acaso é chefe de Rasmus, tenta manipular a lei para beneficiar Oscar, inclusive levantando a absurda tese de que Ruby teria “estuprado” Oscar — tudo para isentar o filho e evitar punições.

Enquanto isso, Cecilie se vê diante de dilemas morais difíceis: ela protege o filho Viggo das consequências, inclusive recusando que ele testemunhe contra Oscar, por medo do impacto que isso teria sobre ele. Ao mesmo tempo, ela demite Angel, a au pair da sua família, numa decisão controversa.

O momento mais impactante do final é a conversa entre Cecilie e Katarina na ponte, onde esta última quase admite que matou Ruby para proteger Oscar.

Ela deixa claro que, para ela, o que importa é a família e seus privilégios, e que está disposta a tudo para defendê-los. A série deixa essa confissão no ar, sem provas concretas, mas é um golpe forte na consciência do público.

No fim, Oscar não é preso, mas enviado para um internato, longe da comunidade, numa espécie de “solução” que protege a família poderosa e silencia a justiça. A morte de Ruby fica oficialmente registrada como suicídio, mas as dúvidas permanecem.

E Cecilie, que começou toda a investigação por culpa e parecia que ia se tornar uma espécie de “heroína”, apenas prova que nunca deixou de fazer parte da mesma comunidade abastada de Katarine, onde a proteção de suas crianças mimadas e privilegiadas sempre será mais importante do que a vida (ou justiça) por uma empregada pobre.